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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Mandar à fava ou não mandar à fava alguém...



Quando uma relação termina e os sentimentos continuam a existir, por norma ou alguém fez algo de muito mau ou começaram a entrar em desgaste, que é como quem diz: a colocar as garras de fora por causa das diferentes personalidades, ou das personalidades semelhantes e que chocam MUITO!

Há quem diga que se tentarmos esquecer alguém rapidamente, corremos o risco de ela ficar dentro de nós para sempre…

É preciso aceitar a mágoa, a dor, a saudade e até mesmo lembrar da pessoa para depois esquecer… Mas e se não quisermos esquecer depois de aceitar tudo isto???

É que nestas situações nós passamos por fases diferentes até termos racionalidade para decidir o que fazer: seguir em frente ou voltar atrás e tentar de novo!

Primeiro, e independentemente de quem termina, passamos por uma fase de revolta, em que nem queremos ver a pessoa à nossa frente (ou se nos apetece é para correr mal) e, portanto, só pensamos em esquecer!!!

Depois, a saudade começa a surgir mas já pensamos na pessoa mais como alguém que nos magoou e portanto ficamos tristes (não confundir com falta da rotina)… Deixamos de estar mais ansiosos e passamos a ter alguma tranquilidade, pois já não pensamos em “desfazer a pessoa” mas em ignorá-la porque no fundo nos desiludiu!

Mais tarde chega então a altura em que racionalizamos a coisa e se conseguimos ver onde cada um de nós errou e assumirmos que temos algo a limar, decidimos tentar chegar à pessoa para uma possível reconciliação. Voltamos a acreditar que afinal pode resultar e que devemos tentar de novo, pois a pessoa é efectivamente alguém muito especial.

O grande problema é que quando pensamos ou repensamos a relação que existiu, tendemos a pensar nas coisas boas passado algum tempo… E eu não acho que isso seja mau, é simplesmente uma forma de perceber que gostamos até mais do que pensávamos gostar!…  Mas se nos deixam à espera quando sentimos que perdemos o nosso orgulho, mesmo que se entenda que não temos todos o mesmo timing, a verdade é que se torna muito complicado não voltar a sentir ansiedade (e por mim falo até vontade de desistir)!

É fácil ter momentos em que pensamos: “Olha que raio… Eu errei mas tu também e ambos o admitimos; se eu consegui ultrapassar certas coisas pois hoje em dia as vejo como ridículas e apenas consequentes de situações que já nem deviam existir, porque não esqueces tu; se eu afinal percebo que tu és alguém que pode ter defeitos, mas que és alguém correcto e portanto
vales a pena, porque não pensas tu assim em relação a mim; se consigo detectar as nossas falhas e com o tempo de conhecimento já sei o que é necessário mudar porque não te debruças também sobre assunto a sério; se percebo basicamente que aquilo que sinto é mais forte e me faz até desvalorizar alguns dos desentendimentos que depois se transformam numa bola de neve da qual era difícil sair… Porque é que tu não consegues o mesmo e continuas neste impasse estúpido em vez de pensares que eu também não te fiz mal, que sou igualmente uma pessoa de confiança e que os sentimentos, assim como o conhecimento um do outro, amadureceram e te resolves de uma vez por todas??? Ok. Não nos devemos apressar pois já não somos crianças e nada me foi prometido, mas caramba, não há paciência!!!

Por vezes é difícil perceber que não funcionamos todos de igual forma, que todos temos o nosso tempo para nos recompormos de forma a ter a certeza que vamos entrar com o pé direito e resolvidos com o passado, mas isso dá cabo da minha cabeça! Literalmente! E parece que volto de novo ao início do final!


Resumindo: estou a 1 centímetro de te mandar à fava - mesmo que em silêncio - e desistir de ti! Tiras-me do sério e infelizmente não consigo disfarçar! É mais forte do que eu!




3 comentários:

  1. Temos de deixar o tempo fazer o seu trabalho.

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  2. sei tao bem do que falas... é dificil porque todos somos diferentes, n podemos ser lineares.. nem te sei aconselhar, segue o teu coracao n te rebaixes em momento algum e nao permitas que te magoem... beijinho

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